Um estudo recente mostrou que pessoas que são mais ativas durante a noite têm melhor raciocínio e memória do que aquelas que são mais ativas durante o dia. Essa descoberta contradiz a crença popular de que as pessoas noturnas são menos produtivas e menos inteligentes do que as matutinas.
A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de São Paulo, analisou um grupo de voluntários que foram divididos em dois grupos: os que tinham o hábito de ficar acordados até tarde e os que preferiam acordar cedo. Durante o estudo, os participantes foram submetidos a uma série de testes cognitivos para avaliar o raciocínio, a memória e a capacidade de concentração.
Os resultados mostraram que as pessoas noturnas tiveram um desempenho significativamente melhor nos testes de raciocínio e memória em comparação com as pessoas matutinas. Os pesquisadores também descobriram que os notívagos tinham uma maior capacidade de concentração e eram mais criativos do que os seus colegas diurnos.
Essa diferença no desempenho cognitivo pode ser explicada pela forma como o cérebro das pessoas noturnas funciona. Segundo os cientistas, o ciclo circadiano dessas pessoas tende a ser mais flexível, o que lhes permite permanecerem acordadas por mais tempo sem comprometer o seu desempenho cognitivo.
Além disso, as pessoas noturnas têm uma maior predisposição para a criatividade, já que o horário noturno costuma ser mais tranquilo e propício para a reflexão e o pensamento mais profundo. Isso pode explicar porque muitos artistas, escritores e músicos preferem trabalhar durante a noite.
Essa pesquisa traz uma nova perspectiva sobre a relação entre o horário de sono e o desempenho cognitivo, mostrando que as pessoas noturnas não são menos inteligentes do que as matutinas, apenas funcionam de forma diferente. Portanto, é importante respeitar o ciclo circadiano de cada indivíduo e permitir que trabalhem nos horários em que se sentem mais produtivos e criativos.